Música e a Economia Criativa

A música é um dos produtos criativos mais difíceis de se determinar um valor de mercado. Ela também é, junto com o mercado de StoryMídias, um dos de maior penetração – não importa a sua cultura, uma música africana pode ser um dos seus hits favoritos e você pode, se quer, conhecer a cultura africana a fundo. O setor da música tem cinco ramos principais: composições, apresentações, publicação/licenciamento, distribuição e gravações.

Há muito o que explorar no mundo da música para se ganhar dinheiro, expor talentos e continuar a tocar e entreter as pessoas. Vamos explorar essas possibilidades, além de explicar de forma simples e direta tudo sobre direitos autorais para que você esteja protegido quando criar suas obras e, ao mesmo tempo, não deixar de espalhar sua arte musical.

COMO COMEÇAR NA MÚSICA?

Você pode começar nessa carreira por conta própria, criando suas músicas e colocando na internet, ou caso conheça alguém do meio artístico pra te ajudar a vender o seu trabalho, pode ser uma opção, mas para algumas áreas é bom fazer uma faculdade – lembre-se: além do talento, você, como criativo precisa desenvolver técnica, só assim conseguirá ampliar suas possibilidades criativas. Mais adiante, você pode até querer dar aulas de música – e pra isso é necessário a licenciatura – um meio muito interessante e produtivo de estar nesta carreira também. Algumas faculdades que pesquisamos e que possuem cursos de música são a UFRGS, no Rio Grande do Sul, a UFRN, no Rio Grande do Norte, a USP e UNESP em São Paulo, entre outras públicas e particulares. Como não conhecemos a fundo como são esses cursos, então evitamos indicar, e apenas citar para você ter um panorama inicial. O ideial é você mesmo fazer uma pesquisa entre os músicos que admira para saber como foi a formação deles. Ok? Tarefa de casa para quem quer começar!

De maneira imediata, você pode seguir como músico em uma banda, músico em estúdio, produtor musical, empresário de algum artista (se o seu talento for em negociar e entender de administração financeira e de carreira), ou outras áreas que lidam com a música como criação de vinhetas e jingles em Publicidade (Comunicação Instantânea) ou trilha sonora para Filmes ou Games (StoryMídias).

“Além de apresentar domínio técnico com instrumentos, o bom músico é aquele que detém conhecimentos aprofundados que o permitem analisar o repertório de maneira crítica, de modo a atuar com criatividade, fator essencial que define qualquer carreira artística”, Matheus Bitondi

COMO FUNCIONA A PARTE DE DIREITOS AUTORAIS NA MÚSICA?

Um trecho musical é protegido por direitos autorais e relacionados com cada estágio de sua vida. A composição é protegida pelo período de vida do compositor mais 70 anos, e as gravações pelo período de vida do executante e mais 50 anos. Mas, cada país terá suas regras e determinações.

Em alguns países, por exemplo, a transmissão de uma gravação ou de uma apresentação recebe proteção a partir de 50 anos. Tipicamente uma editora comprará os direitos e buscará explorá-los através de gravações, shows, etc. Os papéis de uma editora e gravadora são tradicionalmente distintos – embora de forma confusa, grande parte das gravadoras desempenhe ambas as funções. Essa separação pode acabar à medida que a entrega on-line diminui o papel da empresa independente tradicional.

As maiores gravadoras, segundo livro de John Howkings, “Economia Criativa – Como ganhar dinheiro com ideias criativas” (ed.MBooks), são a Universal (25% do mercado), a Sony BMG (21% do mercado), a Warner Music (13%) e a EMI (11%). Juntas elas detêm mais de 80% do mercado mundial de publicação e gravação. Porém, a gravação de música é um dos poucos mercados criativos em que a receita vem diminuindo. E uma das razões por trás disso é que a maioria dos lares já tem grande estoque de CD’s, LP’s e cassetes e não quer mais substituí-los ou aumentá-los. E a principal é que as gravadoras não souberam explorar os novos sistemas de entregas de música on-line e foram engolidas por empresas menores – que tinham um custo mais baixo para gravação já que o acesso a tecnologia aumentou absurdamente – e distribuição ficou por conta de serviços como Spotify e Deezer.

Entrou na parte burocrática começa a ficar tenso, mas, é importante você começar a se informar sobre isso. Afinal, você merece ganhar pelo que cria junto com quem está ganhando também! Ok? Caso tenha ficado alguma dúvida sobre esse panorama inicial no mundo da música, nos pergunte! Pode ser por aqui ou via redes sociais: Instagram, Facebook ou Linkedin.

É importante enfatizar que não somos especialistas em todas as categorias da indústria criativa, só em algumas como Comunicação Instantânea e StoryMídias. Porém, somos jovens pesquisadores da Economia Criativa e estamos, aos poucos, nos informando, conhecendo e vivenciando cada um dos universos criativos, para ampliar nossa visão de mundo e proporcionar a você uma imersão completa e maior entendimento do por quê esse universo da criatividade humana é tão fascinante, e como você, seja de qual área criativa for ou, caso não seja, trabalhe com os criativos, consiga ampliar sua visão de mundo para gerar inovação em sua atividade profissional e assim obter cada vez mais reconhecimento!

Você pode nos ajudar a construir um conteúdo qualificado e assertivo dando suas sugestões, trazendo seus incômodos e opiniões, seja nos comentários ou redes sociais. Nosso canal mais ativo no momento é o Instagram: @ihcriei. Segue lá!

Estamos atentos e em constante aprendizado! Nos vemos no próximo artigo! E não deixe de nos dizer como você se sentiu ao ler este conteúdo, a gente se importa com você…

>> Colaborou para este artigo, texto e design Camilla Zahn e Patricia Bernal

Arte da capa: Tania Yakunova

Sobre Redação iH!Criei

O Ih!Criei é dedicado a trazer conteúdos especializados sobre as áreas da Economia Criativa, como colocar a Criatividade na Prática e o como trabalhar o Desenvolvimento Humano Criativo e Inovador em uma linguagem multimídia acessível, informal e criativa. Nossa principal visão é de que a criatividade é um valor humano e, como todo valor que contribui para o bem de uma sociedade, deve ser cultivado, compartilhado e praticado. Antes de inovar, é preciso criar.

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