Áreas para trabalhar em Arquitetura

Se você ama criar, transformar e melhorar os ambientes, essa profissão é pra você! Para começar a entender, leia o infográfico que mostra algumas áreas dentro dessa categoria que você pode trabalhar.

2. COMO ESTÁ O MERCADO NO BRASIL?

Segundo a FIRJAN 2019, com dados coletados em 2015-2017, o setor de Arquitetura tem sofrido uma queda, embora os salários se mantenham alto. Em 2015, 113.500 empregos formais, e em 2017, 94.800 de pessoas trabalhando em regime CLT ou público. O salário se manteve em torno de R$ 8.385. Veja a tabela abaixo:

Abaixo, a tabela de 2017 da FIRJAN, mostra um média salarial e a reorganizamos com design@ihcriei para facilitar o seu entendimento. Não há especificações das funções, então o que segue é uma média geral de dentro da área. Um dado muito subjetivo, mas que dá pra ter noção a nível de comparação entre os estados.

A área também é uma das mais bem pagas dentro das áreas criativas com salários que podem chegar a R$12.974 (Distrito Federal) e mínima de R$6.223 (Mato Grosso) e Santa Catarina (R$6.546). Ainda assim, sempre que se faz um relatório nota-se o que melhorou e o que piorou na área, ainda que os resultados sejam superiores ao da média de outras indústrias brasileiras.

Por exemplo, segundo a Firjan, quando ocorre declínio na Arquitetura é por causa do cenário econômico – que afeta e sempre afetou a área diretamente. Quando ocorre a redução do poder de compra das famílias – que deixam de investir em bens de maior valor agregado – e a redução de investimentos, a Construção Civil é afetada, o que traz efeitos negativos para o segmento de Arquitetura. Atualmente já se vê um movimento contrário ao de compra de imóveis para moradia, ficando mais atrativo para investidores. A ideia é: comprar pra quê? Vamos alugar!

Como assim? É como a gente pensa também.

A Arquitetura que era feita até então, ou seja, o tipos de construções, estruturas, e designs que atendiam a um estilo de vida sócio e econômico mudou. Os Hábitos Human+Tech mostram que as pessoas não querem mais viver em lugares enormes, isolados, com valores altos e tudo mais. Isso é para os de outros tempos. A nova geração quer liberdade, lugares enxutos e práticos. Muitos optam pelo minimalismo. Querem lugares onde possa circular, mas se encontrar, se relacionar e, ao mesmo tempo, com design modernos ou aconchegantes. Esses novos lugares e estruturas denominamos a criação Espaços de Convivência é que interessam aos novos “compradores”. Morar ou trabalhar em um lugar inteligente e onde você possa se relacionar melhor com as pessoas que ali convivem ou habitam. Essa é nossa VISÃO. Estamos buscando cada vez mais informações sobre esse novo estilo de vida.

PARA ONDE ESTÁ INDO O MERCADO?

A categoria chamada CONSUMO pela Firjan, uma classificação diferente da nossa ( (nós chamamos Arquitetura, Urbanismo, Paisagismo e Mobilidade Humana de Espaços de Convivência) , toma a Arquitetura sendo um bem de consumo, mas a gente vê de uma outra forma também. Onde vivemos, trabalhamos e estamos, não é um consumo no quesito obtenção de algo para si, a verdade é que não queremos consumir algo para ter, melhor alugar – e por um preço justo – algo que se fossemos obter pagaríamos uma fortuna e seríamos excluídos? A gente quer inclusão. Talvez em um terceiro momento da vida, podemos ter o desejo de ter o próprio imóvel, mas será bem diferente do modelito do passado, e no presente, sentimos maior necessidade de compartilhar, trocar, dividir….queremos nosso cantinho? Sim, mas nada de excessos ou estruturas desnecessárias que causaram modificação abrupta em uma região, ambiente ou local. A nova geração Z – e as outras anteriores a ela – estão experimentando essa nova forma de viver, estar e dividir e estão vendo não vale mais a pena passar 20 anos pagando um imóvel, porque talvez, daqui a 20 anos você esteja ou queira morar em outro lugar (aliás isso é cada vez mais provável e comum). Portanto, a área da Arquitetura assim como outras criativas precisa trazer essas novas opções.

Aqui no Brasil, cadê o movimento das Tiny Houses crescente nos EUA e na EUROPA? Ou então, cade construtoras como a VITACON que já entenderam que as pessoas passam a ver que um imóvel está sendo visto muito mais como um serviço do que um bem? É por isso que ela está revolucionando o setor. A empresa segue na direção de criar uma moradia com membership. “Temos essa leitura de que nosso negócio deve seguir na direção de um modelo de filiação ou clube, com foco na prestação de serviços em vez da venda em um apartamento, não acreditamos mais nesse modelo no qual a pessoa se endivida por 30 anos”, disse à revista Consumido Moderno, Alexandre Frankel, fundador e CEO da Vitacon.

Entrar nesse mercado pode não ser muito fácil, por isso é bom já começar logo no início do curso procurando estágios em escritórios. Crie um portfólio de seus trabalhos – mesmo que sejam os da faculdade – e procure também fazer alguns trabalhos voluntários com moradias populares, ONGs precisando de arquitetos, etc. Assim você vai tendo coisas pra colocar no portfólio conforme avança na carreira. E sempre busque referências: vá a eventos, novos lugares, cidades e se possível países diferentes, esteja sempre em contato com outras culturas para ter uma bagagem incrível e mega útil na hora de realizar um projeto. 

E aí, povo da Arquitetura, entendeu? Vamos mudar, porque a coisa já mudou!

Arte da capa: Scott Balmer

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